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Sergio Camargo, Queiroz, Nise Yamagushi: bolsonaristas que não se elegeram

Sergio Camargo (à esq.) e Douglas Garcia (à dir.) não se elegeram nas eleições deste ano - Gabriela Biló/Estadão Conteúdo Reprodução/Twitter Montagem/UOL
Sergio Camargo (à esq.) e Douglas Garcia (à dir.) não se elegeram nas eleições deste ano Imagem: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo Reprodução/Twitter Montagem/UOL

Do UOL, em São Paulo

03/10/2022 02h43

Apesar do bom desempenho de políticos bolsonaristas nas eleições deste ano, candidatos que ganharam o apoio incondicional do presidente Jair Bolsonaro (PL) não tiveram a sua candidatura impulsionada e não conseguiram se eleger como parlamentares.

E a lista é grande. São eles: o ex-presidente da Fundação Palmares Sergio Camargo, a advogada Cristina Bolsonaro, a médica Nise Yamagushi, o ex-assessor Fabrício Queiroz, a apresentadora Antônia Fontenelle, o comentarista Adrilles Jorge, o deputado estadual Douglas Garcia, entre outros.

Veja abaixo alguns deles e o seu respectivo desempenho nas urnas.

Fabrício Queiroz

Fabrício Queiroz (PTB), ex-policial e amigo da família Bolsonaro, somou apenas 6.701 votos e perdeu a disputa pela Alerj (Assembleia Legislativa do Estado Rio de Janeiro).

Com o slogan "Lealdade de verdade", Queiroz apareceu no material de campanha —com jeito de meme— ao lado de Jair Bolsonaro, seu amigo há mais de 30 anos.

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro na própria Alerj, Queiroz foi preso em 2020 durante as investigações do caso das rachadinhas no gabinete do filho 01 do presidente, então deputado estadual. Foragido, foi encontrado em uma casa do advogado Frederick Wassef, que representa o clã Bolsonaro. Ele é suspeito de ligação com a milícia, que controla várias áreas do Rio de Janeiro.

Sergio Camargo

Ex-presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo deixou o cargo no governo Bolsonaro em março para se candidatar a deputado federal por São Paulo.

Camargo —que se envolveu em várias polêmicas ao longo de sua gestão— somou apenas 13.085 votos, ou 0,06%, e não conseguiu se eleger.

Nise Yamagushi

A médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi (Pros) anunciou ainda em dezembro do ano passado a ideia de entrar para a política.

Ela foi investigada na CPI da Covid por um suposto envolvimento com o chamado "gabinete paralelo", grupo de assessoramento de Bolsonaro.

Nas eleições, e com o apoio do presidente, Nise Yamaguchi registrou 36.690 votos e não conseguiu uma cadeira no Congresso Nacional.

Adrilles Jorge

Comentarista da rádio Jovem Pan, Adrilles Jorge somou 91.485 votos (0,39% do total de votos válidos) em sua aventura na política como candidato a deputado federal. Também não conseguiu se eleger, segundo o boletim de dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Nas redes sociais, ele comemorou mesmo assim os números de sua empreitada.

"Com quase cem mil votos, entro pra célebre galeria dos mais bem votados entre os derrotados pelo sistema proporcional eleitoral. Seguirei falando como papagaio de rendez vous como comunicador e escritor. De todo modo, poeta ganha mesmo no amadurecimento do fracasso."

Cristina Bolsonaro

Segunda ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle (PP) conseguiu apenas 0,09% dos votos válidos no Distrito Federal e não se elegeu deputada distrital.

Ela já havia tentado uma vaga na Câmara dos Vereadores, em 2020, quando perdeu para o enteado Carlos Bolsonaro. Em 2018, também não teve sucesso como deputada federal no Rio, pelo Podemos. Na época, a advogada recebeu 4.555 votos nominais e 7.254.297 votos que foram puxados pelo partido, o que representa 0,06%.

A mãe de Jair Renan, quarto filho do candidato à reeleição à Presidência, protagonizava um embate na família Bolsonaro por causa de outra candidatura, a do irmão da primeira-dama, Eduardo Torres (PL).

Douglas Garcia

Envolvido em uma série de polêmicas, como a confusão com a jornalista Vera Magalhães no fim do debate para governador promovido pelo UOL em parceria com Folha e Cultura, o deputado estadual Douglas Garcia (PL) não atingiu o número de votos para se tornar deputado federal. Foram 24.549 votos.

"Eu quero agradecer às mais de 20 mil pessoas que foram às urnas e depositaram confiança em mim. Esse ano, na expectativa de me tornar deputado federal, não consegui atingir a quantidade necessária de votos", disse ele, em vídeo.

Antônia Fontenelle

A apresentadora Antônia Fontenelle (Republicanos) também não entrou para o célebre grupo de bolsonaristas que se elegeram para um cargo como parlamentar.

Registrou apenas 30.975 votos, menos do que a ex-sogra Veronica Costa, que teve 31.103 votos.