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Dólar cai mais de 1% e volta a fechar abaixo de R$ 5,10; Bolsa sobe 0,59%

Em junho, o dólar já acumula perdas de 2,95% frente ao real; o Ibovespa, por sua vez, subiu 3,16% - NurPhoto via Getty Images
Em junho, o dólar já acumula perdas de 2,95% frente ao real; o Ibovespa, por sua vez, subiu 3,16% Imagem: NurPhoto via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

14/06/2021 17h24Atualizada em 14/06/2021 17h47

Após registrar forte alta na sexta-feira (11), o dólar abriu a semana em queda de 1,02%, cotado a R$ 5,071 na venda. Ainda que o valor esteja um pouco acima da mínima de junho, alcançada no dia 8 (R$ 5,035), é a sétima vez no mês — que teve nove sessões — em que a moeda americana fecha o dia abaixo de R$ 5,10.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), terminou o pregão em alta de 0,59%, aos 130.207,96 pontos, voltando a se aproximar do recorde nominal (sem considerar a inflação) atingido no último dia 7, de 130.776,27 pontos.

Em junho, o dólar já acumula perdas de 2,95% frente ao real. O Ibovespa, por sua vez, subiu 3,16% desde o dia 1º.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Fed e Copom no radar

O mercado se prepara para as reuniões de política monetária do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos) e do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central brasileiro marcadas para amanhã e quarta-feira (16).

Nas últimas semanas, a divulgação dos dados da inflação de maio nos EUA — que veio um pouco acima da esperada — levou a especulações de que os juros, hoje próximos a zero, pudessem voltar a subir.

Embora várias autoridades do Fed tenham afirmado repetidas vezes que enxergam a alta nos preços como temporárias, outras já começaram a reconhecer que estão mais próximas de um debate sobre quando retirar parte de seu nível de apoio à economia.

No Brasil, em contrapartida, a expectativa é de alta nos juros básicos da economia. Na última reunião do Copom, em maio, o comitê indicou que poderia fazer um novo ajuste de 0,75 ponto percentual na taxa Selic, hoje em 3,50% ao ano. Caso a promessa se concretize, os juros subirão a 4,25% na próxima quarta-feira.

Um cenário doméstico de juros mais altos tende a favorecer o real, segundo especialistas, uma vez que torna investimentos locais atrelados à Selic mais atraentes para o investidor estrangeiro.

(Com Reuters)