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Maia fala em PSDB 'confuso' e derrota de Doria em embates fora da política

Colaboração para o UOL

17/05/2022 14h13

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (PSDB-RJ) disse hoje ao UOL News que as disputas no PSDB só serão resolvidas na política e que, fora dela, tanto o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB-SP), pré-candidato à Presidência, quanto o próprio partido serão derrotados.

A fala aconteceu horas antes da reunião da Executiva Nacional do PDSB, que foi marcada pelo presidente da sigla, Bruno Araújo.

"De fato, o PSDB é um partido confuso, tão confuso que, quando eu resolvi ajudar o governador [Doria], falei para que ele me colocasse em uma área mais técnica para que eu pudesse coordenar e fazer um bom plano de governo. Pedi mais isso do que uma articulação política porque eu entendia que como sou novo no partido, não cabia a mim uma participação mais efetiva nessa confusão toda", ressaltou Maia.

Ao ser questionado sobre como pretende resolver as disputas na política, Maia disse que, como os políticos conversam muito entre eles, "no final se acha uma solução": "Todo mundo tem maturidade para ouvir a base do partido e chegar a um caminho. O principal problema é ter uma estrutura partidária que possa agregar, que possa viabilizar nossa candidatura, que preencha nosso campo político e ideológico."

Rodrigo destacou ainda que, apesar de tudo, vê condições de Doria representar o PSDB, mas que, em conflitos políticos, nunca viu um candidato majoritário ter êxito: "Ainda há um espaço para que a gente possa enfrentar o presidente [Luiz Inácio] Lula (PT) no segundo turno. Nossa vaga é centro e centro-direita. Foi assim que a sociedade nos colocou nos últimos anos."

Por fim, Maia afirmou que não sente rejeição do PSDB-SP nem do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, à candidatura de João Doria. "O presidente regional do partido em São Paulo estará hoje em Brasília fazendo a defesa da posição dele [de Doria]. Além disso o Garcia tem apoiado o Doria. Ele defende as conquistas desse governo. O partido dele é o estado", concluiu.