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SP: 'É abominável', diz secretário após Saúde excluir CoronaVac de 3ª dose

17.mar.2021 - Jean Gorinchteyn, secretário da Saúde de SP, participa de liberação de novos doses da CoronaVac para o PNI - Sergio Andrade/Governo do Estado de São Paulo
17.mar.2021 - Jean Gorinchteyn, secretário da Saúde de SP, participa de liberação de novos doses da CoronaVac para o PNI Imagem: Sergio Andrade/Governo do Estado de São Paulo

Do UOL, em São Paulo

26/08/2021 09h40Atualizada em 26/08/2021 11h15

O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, classificou como "abominável" a decisão do Ministério da Saúde de excluir a CoronaVac da campanha de reforço na vacinação contra a covid-19. O imunizante do laboratório chinês Sinovac é produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao governo paulista.

Ontem, em entrevista ao UOL News, a Secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite, afirmou que a aplicação da terceira dose no país será "preferencialmente" com a vacina da Pfizer, mas também poderá ser feita com outra vacina de vetor viral, como da Janssen e da AstraZeneca.

Não existe motivo nenhum, de nenhuma discussão política. Nesse momento, discussão politica em cima de vacina é algo abominável.
Jean Gorinchteyn, em entrevista ao canal CNN Brasil

A CoronaVac tem sido motivo de embate político desde o início entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

No ano passado, Bolsonaro chegou a desautorizar publicamente a compra da vacina anunciada pelo então ministro da Saúde Eduardo Pazuello e comemorou quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) interrompeu a análise da CoronaVac por causa de um evento adverso —que posteriormente se comprovou não ter relação com o imunizante.

Segundo o secretário, há estudo na China que indicam que a CoronaVac é eficaz e que ainda não há estudos no Brasil que indiquem o contrário.

"É óbvio que quando nós falamos de plataformas diferentes de vacina, nos estamos dizendo que quando eu uso técnicas diferentes de vacinação eu aumento a possibilidade de as pessoas poderem responder, o que não quer dizer que ela não seja efetiva. Não tem a justificativa da sua não utilização [da CoronaVac]", declarou.