Focado no longo prazo, BB Investimentos inicia cobertura de Cogna e Yduqs com otimismo

O BB Investimentos iniciou a cobertura do setor de educação com uma visão otimista para as empresas. Olhando para o longo prazo, o banco acredita que a Cogna (COGN3) e a Yduqs (YDUQ3) terão oportunidade de expansão do número de alunos quando os níveis de emprego e renda começarem a melhorar.

O ensino à distância (EAD) também tem chances de se tornar um segmento de destaque para ambas as companhias, uma vez que amplia o acesso dos jovens ao ensino superior, principalmente nas regiões mais afastadas dos centros urbanos.

Cogna

Em relação à Cogna, o BB destacou a nova estrutura organizacional da companhia. Sua maior autonomia de gestão permitirá que a empresa destrave valor em negócios que ainda não foram precificados, como a Vasta e a Platos.

“A Cogna está muito bem posicionada no ensino superior, apesar dos desafios de curto prazo, e se tornou um grupo educacional completo após ingressar no segmento da educação básica, cujo potencial de criação de valor é alto”, complementou a equipe de análise do banco.

Yduqs

Sobre a Yduqs, um dos principais fatores levados em consideração na tese de investimentos é a oferta de novas vagas de cursos de medicina. Levando em consideração que o ticket médio é elevado e a evasão é menor, isso geraria, de acordo com o BB, mais receita por um período prolongado.

As recentes aquisições da Yduqs também chamaram atenção do banco. A compra da Unitoledo e da Adtalem foram bem sucedidas, com sinergias a serem capturadas nos próximos anos.

A Yduqs, inclusive, informou ontem (4) ao mercado que acertou a compra do grupo Athenas pelo valor inicial de R$ 120 milhões.

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Com unidades em Rondônia, Acre e Mato Grosso, a Athenas possui uma base formada por 9 mil alunos, contemplando 67 cursos de graduação, cursos técnicos superiores e programas de pós-graduação.

Recomendação

A recomendação para ambos os papéis é de compra, com preço-alvo de R$ 8 para Cogna e de R$ 40 para Yduqs.

Os riscos da tese estão atrelados ao cenário econômico doméstico, principalmente em termos de emprego e renda.

“No curto e médio prazos, o ensino superior privado será bastante afetado pela piora destes indicadores, embora a magnitude dos efeitos da crise na economia sejam incertos”, disse o BB. A queda de contratos de financiamento estudantil concedidos pelo governo (Fies) dificultou ainda mais a captação de novos alunos.