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Uma oportunidade para voar mais alto

Atualizado: 25 de out. de 2020



As eleições que irão decidir os destinos do Benfica nos próximos quatro anos estão quase a chegar. Pessoalmente, eu nunca vivi um período eleitoral de uma forma tão intensa. Não porque são as eleições da história do Benfica com mais candidatos, mas sim pelo peso que estas terão no futuro do Benfica. Mais do que os outros actos eleitorais, estas definitivamente, não serão umas eleições quaisquer.


Com o dia das decisões a chegar, senti a necessidade de dizer tudo o que me vai na alma, de deitar tudo cá para fora. Porque afinal de contas, todos nós queremos o melhor para o Benfica e, como aqueles que me acompanham nas redes sociais já perceberam, eu defendo um caminho diferente daquele que tem vindo a ser seguido nos últimos anos.


A principal conclusão a que cheguei ao longo deste período de campanha, é que o período do Vietname deixou marcas mais profundas do que eu poderia imaginar. Não me estou a referir a marcas dentro de campo, mas sim às marcas deixadas nas memórias de muitos benfiquistas. Marcas essas, que fizeram com muitos benfiquistas perdessem a sua cultura exigente e esboçassem uma reacção conformista no insuceso desportivo, abordando-a com típicas frases feitas como um "Acontece", um "Faz parte do jogo" ou um "Não se pode ganhar sempre". No Benfica, perder JAMAIS podera ser uma coisa normal.


Uma coisa que me deixa particularmente chocado, é a naturalidade com que muitos benfiquistas encaram o facto de termos perdido dois campeonatos nos últimos três anos para um clube intervencionado pela UEFA, bem como a levianidade como têm encarado as prestações medíocres na Liga dos Campeões. Mas mais grave que isso, é ignorarem outros acontecimentos como a agressão a um sócio do Benfica em plena Assembleia Geral, bem como o facto de querer arruinar o clube ao comprar acções a uma OPA que cheirava a esturro por tudo o lado.


Como já aqui referi nalguns dos meus textos, eu cresci a ver o Benfica a bater no fundo. Como tal, não deixo de ficar grato a Luís Filive Vieira pela forma como fez reerguer o clube a nível financeiro, estrutural e institucional.


No entanto, ao longo do último mandato, temos assistido a uma liderança que não tem seguido os pergaminhos do Benfica. Para além das sucessivas falhas na gestão desportiva do clube (com as quais não aprendeu), Luís Filipe Vieira foi ainda autor de vários atentados à transparência e à tradição democrática do Benfica, pilares que sempre definiram a história e a identidade do Benfica.


Hoje, vemos no Benfica, um presidente esgotado, acomodado e cheio de vícios. Que nas suas entrevistas diz que sente falta de ter mais tempo para a família, mas que depois diz que não é uma boa altura para ele sair do Benfica, fazendo constantes referências ao passado e ao estado em que encontrou o Benfica quando chegou.


Com muita pena minha, não sou sócio do Benfica. E como tal, não poderei dar o meu contributo nas urnas. No entanto, creio que isso não me impede de manifestar, partilhar e divulgar aquilo em que acredito. E eu acredito que João Noronha Lopes é o homem certo para renovar a instituição Sport Lisboa e Benfica.


Acredito porque ele possui uma visão sobre o Benfica com a qual me identifiquei desde o primeiro dia. Acredito porque ele foi um dos impulsionadores do movimento que salvou o Benfica no momento mais crítico da sua história. Acredito porque tem uma carreira profissional de excelência, desempenhando vários cargos de chefia a nível nacional e internacional.


Acredito porque a julgar pela sua experiência, terá a capacidade de escolher as pessoas certas para as mais diversas áreas. Acredito porque mostrou abertura para discutir com os adeptos e ouvir as suas ideias e opiniões. Acredito porque, ao contrário de outros, não precisa do Benfica para se sustentar nem para se esconder da justiça.


Dia 28 de Outubro é um dia que poderá ditar um novo rumo na história do Benfica. E eu acredito que João Noronha Lopes tem tudo para levar o Sport Lisboa e Benfica a voar mais alto.


NOTA: A opinião aqui transmitida é da inteira responsabilidade do seu autor e não representa, necessariamente, a opinião do Benfica Independente.

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