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Lucro líquido da Energias do Brasil salta 25% no 2° trimestre e vai a R$ 237,2 milhões

31 ago 2020, 9:16 - atualizado em 31 ago 2020, 13:03
A companhia reforçou seu caixa com a captação de R$ 1,3 bilhão de abril a junho (Imagem: Reuters/Jamil Bittar)

A Energias do Brasil (ENBR3), que faz parte do grupo português EDP, obteve um aumento de 25,5% no lucro líquido durante o 2° trimestre de 2020, somando R$ 237 milhões, ante R$ 189 milhões reportados um ano antes.

Nos primeiros seis meses do ano, a empresa do setor elétrico lucrou 508,3 milhões, avanço de 4,9% na comparação anual.

“O primeiro semestre de 2020 foi marcado, inevitavelmente, pelo contexto de pandemia que afeta o mundo e o Brasil também. A companhia atuou de forma tempestiva, antecipando-se na implementação de medidas preventivas e dos protocolos de gestão de crise”, assegura o CEO Miguel Setas no balanço trimestral divulgado.

O indicador que acompanha a geração de caixa (Ebitida, na sigla em inglês), cresceu 5,4% no intervalo de abril a junho, alçando o valor de R$ 586 milhões. No acumulado do 1° semestre, o Ebitida expandiu 1,9% a R$ 1,285 bilhão.

Para sobreviver aos reflexos econômicos reversos, desencadeados pelo novo coronavírus, a Energias do Brasil se antecipou para reforçar sua liquidez e posição de caixa, realizando captações de recursos via emissões de dívida. No trimestre passado, a companhia angariou R$ 1,3 bilhão.

Para conferir o desempenho da empresa durante o 1° trimestre de 2020, basta clicar aqui.

Nova política de dividendos

EDP Energias do Brasil Setor Elétrico
A empresa terminou o trimestre com índice de alavancagem de 2 vezes (Imagem: Reuters/Rafael Marchante)

O presidente da EDP Brasil, Miguel Simões Setas, disse que os ajustes na política de pagamentos de dividendos aos acionistas vêm devido à previsão de que a empresa deverá reduzir fortemente o nível de alavancagem nos próximos anos, à medida que entram em operação projetos de transmissão que contribuirão com a geração de caixa.

A empresa terminou o trimestre com índice de alavancagem de 2 vezes.

“Queremos dar clareza ao mercado de nossa visão sobre a estrutura de capital ótima da empresa. Nunca havíamos colocado isso como política, o que a companhia fará com seus recursos se não tiver oportunidades de investimento”, explicou o executivo, em conversa por telefone com jornalistas.

Ele destacou, no entanto, que a elétrica seguirá perseguindo novos empreendimentos. Uma dos caminhos de expansão envolve possível participação em leilão de novos projetos de transmissão de energia que será realizado pelo governo em dezembro.

Setas também disse que a EDP Brasil avaliará outras oportunidades, inclusive de aquisição de ativos de distribuição, mas destacou que o foco da companhia nesse sentido será uma eventual compra da Celesc, estatal de Santa Catarina na qual já possui participação.

“Se um dia aparecer a privatização, obviamente que estaremos, naturalmente, em uma posição diferenciada para participar… diria que é a prioridade da EDP em termos de distribuição e crescimento inorgânico”, afirmou.

A EDP Brasil possui atualmente 28,77% do capital total da Celesc, que é responsável pelo fornecimento de energia em Santa Catarina e tem ativos de geração.

(Com Reuters – Matéria atualizada às 09h16 – Horário de Brasília)

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Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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